Força Sindical com
fonte O Globo - Geralda
Doca
O governo está negociando com o
Congresso um prazo maior para fechar um acordo em torno das novas regras para a
aposentadoria da iniciativa privada. Com isso, retarda o fim do fator
previdenciário (fórmula de cálculo que reduz o valor do benefício para
aposentadorias precoces) e garante uma economia para o INSS, estimada neste ano
em R$ 10 bilhões. Também ganha tempo para formatar uma proposta mais rigorosa,
com fixação da idade mínima para os novos trabalhadores e um sistema de
progressão para os atuais, chamada de fórmula móvel: quanto mais novo no
mercado, maior a idade e o tempo de contribuição para se
aposentar.
Segundo interlocutores, essas mudanças
somente deverão ser votadas em novembro, depois das eleições municipais. Isso,
se houver acordo até lá. Até agora, os técnicos da Previdência e da Fazenda
vinham trabalhando para fechar uma proposta ainda nesta semana, de forma que ela
pudesse ser apreciada pelos parlamentares no dia 10 de agosto. Mas, o cenário
mudou e a avaliação é que, diante da pauta apertada do Congresso durante a
campanha eleitoral — somente duas semanas de trabalho em agosto e setembro,
devido ao recesso branco —, o tempo será insuficiente para um
acordo.