quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Futsal e o Trabalhador

Nossa Federação - FEAAC nos últimos anos tem transformado o Torneio Estadual de Futsal, que ocorre na cidade de Peruíbe, em uma tradição. Os sindicatos durante o ano aguardam com expectativa este encontro: preparando os times, revivendo lembranças dos jogos anteriores e organizando-se através dos treinos, que são motivos, na verdade, para estreitar um vínculo entre sindicato e trabalhador.


No Brasil o futebol teve seu início, segundo Nicolau Sevcenko, por dois caminhos: "um foi dos trabalhadores das estradas de ferro, que deram origem às várzeas, o outro foi através dos clubes ingleses que introduziram o esporte dentre os grupos de elite.” Alguns estudiosos do futebol afirmam que o esporte serviu muitas vezes como meio para controle dos corpos dos trabalhadores fazendo-os disciplinados e observadores de regras.

Podemos dizer que o futebol é um jogo onde aprendemos regras comuns para disciplinarmos nosso convívio, além de ser um esporte que mantém os corpos saudáveis. Isso para quem joga. Para o torcedor, aquele que assiste, é uma festa que se apresenta de maneira a interagir através das intenções que são gritadas, cantadas, para incentivar o seu time a ganhar.

Então, vamos pensar um pouco o que significa para os Sindicatos se reunirem em um lugar como a Colônia de Férias, tradicionalmente reservado para momentos de diversão com as famílias, em um torneio de futebol. Aparentemente não passa de mais um momento de diversão, onde todos estarão longe das dificuldades diárias e dos conflitos enfrentados no trabalho. Mas será que é só isso? Reflitamos: a Colônia de Férias é um lugar de encontro de trabalhadores e trabalhadoras para debater questões relacionadas à busca por direitos, um espaço de lutas travadas ao longo da história da categoria por melhores condições de trabalho.

A busca por reunir trabalhadores para debater e promover cidadania no trabalho e na vida encontra muitas dificuldades que refletem a história do movimento sindical brasileiro, mas que estão entrecortadas também pela dificuldade de construção da cidadania no Brasil. Estar próximo dos trabalhadores para ouvi-los é parte de um processo de fortalecimento dos sindicatos e, por conseguinte da ampliação de direitos pelos trabalhadores.

Assim reunir-se para jogar futebol e pensar questões cotidianas, que englobam comportamentos, atitudes, posturas que permeiam nossas vidas e, muitas vezes só vivenciamos no âmbito privado das nossas relações, é estabelecer um vínculo entre representantes e representados.  Isso se revela nos momentos de descanso entre os jogos, em que a confraternização, regada a samba ou não, fortalece e põem em pauta todas as questões debatidas nos Encontros da Categoria.

Helena Ribeiro da Silva
Presidenta SEAAC

Trabalho escravo na área de vestuário e construção civil

Os maiores problemas com relação ao trabalho escravo no Brasil estão ligados às cadeias de produção nas áreas de vestuário e da construção civil.


A afirmação foi feita pelo auditor-fiscal Luís Alexandre de Faria, do Ministério do Trabalho em São Paulo, na audiência pública realizada, dia 14/9, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que discutiu a exploração de trabalhadores estrangeiros no Brasil e o tráfico de brasileiros vítimas de trabalho escravo em outros países.

Se você souber, denuncie, disque 100.
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