| Por João Guilherme Vargas  Netto* Há três coisas que quero destacar a respeito da  grande manifestação unitária dos trabalhadores e dos movimentos sociais que  aconteceu dia 3 de agosto em São Paulo. Em primeiro lugar sua grandiosidade. Mobilizou  ativamente 100 mil pessoas, organizadas em cores diferentes conforme as Centrais  Sindicais, entidades e categorias, balões e bandeiras. Esta multidão desfilou  ordeiramente do Pacaembu à Assembleia Legislativa de São Paulo mostrando ou  entoando as palavras de ordem sintetizadas na pauta unificada. Desde o início,  com a execução do Hino Nacional cantado por milhares de vozes, até o final com  as despedidas dos organizadores, tudo foi emocionante, de encher os olhos e  alegrar os corações. Em segundo lugar, o papel da unidade de ação  conseguida pelas Centrais participantes e pelos movimentos sociais. O apelo  unitário era tão forte que parecia a famosa “mão invisível” conduzindo a vontade  coerente da multidão. Não se deve dar tréguas às orientações divisionistas; o  próprio peso da marcha deve ser usado a favor da unidade e não como estímulo à  discriminação. Quem não participou, perdeu. Deveria ter participado. E, em terceiro lugar, registro com desgosto o quase  ensurdecedor silêncio dos meios de comunicação (com a isolada exceção do Brasil  Econômico) que prestaram assim um desserviço à sociedade e à democracia. As  rádios, ao contrário, que não podiam silenciar, concentraram suas informações  sobre os eventuais incômodos provocados pela manifestação. Feitas todas as  contas, o saldo informativo é quase nulo: meia página impressa somados todos os  jornalões. Cresce, portanto, a exigência de nossa própria comunicação sindical,  como já fez o Câmera Aberta Sindical que na própria noite da passeata reuniu os  dirigentes para o balanço da jornada. Membro do corpo técnico do Diap  e consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores(*) | 
NOTA DE REPÚDIO AO TARIFAÇO
O SEAAC de Americana e Região, representante de trabalhadores de diversas categorias, repudia o “tarifaço” de 50% sobre as exportações brasileiras, anunciado de forma intempestiva pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, sem base econômica, fere acordos internacionais e revela claramente a existência de um conluio com a extrema-direita brasileira, que atua junto ao presidente americano traindo os interesses nacionais e buscando intimidar o Supremo Tribunal Federal.
Os impactos preocupam a nossa entidade, visto que a sobretaxa poderá causar danos à economia e principalmente à classe trabalhadora, pois ameaça diretamente a indústria, o agronegócio e diversos setores produtivos. Além disso, a descabida medida tende a encarecer o custo de vida, atingindo diretamente o povo brasileiro. Destacamos a resposta firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa do Brasil e aprovamos que sejam utilizados todos os instrumentos legais para proteger nossa economia.
A DIRETORIA
Os impactos preocupam a nossa entidade, visto que a sobretaxa poderá causar danos à economia e principalmente à classe trabalhadora, pois ameaça diretamente a indústria, o agronegócio e diversos setores produtivos. Além disso, a descabida medida tende a encarecer o custo de vida, atingindo diretamente o povo brasileiro. Destacamos a resposta firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa do Brasil e aprovamos que sejam utilizados todos os instrumentos legais para proteger nossa economia.
A DIRETORIA
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Considerações sobre a manifestação dos trabalhadores dia 3/ago SP
Manifestação vibrante dos trabalhadores ocupa as ruas de SP
As centrais  sindicais - Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB e CGTB - com apoio de  entidades do movimento social, realizaram na manhã e início da tarde desta  quarta-feira (3), em São Paulo, a maior manifestação sindical unitária de que se  tem notícia.  
Do pátio do  estádio do Pacaembu até a Assembleia Legislativa, o que se viu foi um mar de  gente. E gente organizada, em grupamentos, categorias, localidades de origem,  com faixas, camisetas, bonés e palavras de ordem da Agenda Unitária da  Classe Trabalhadora, com destaque para a reivindicação de jornada de 40  horas semanais.
Quantos?  Seguramente, mais de 50 mil. E falar em 80, 100 mil não seria exagero dada a  extensão da fileira de manifestantes, enchendo uma pista da avenida Paulista,  com gente já descendo a alameda Eugênio de Lima e grupos ainda acabando de  passar pela avenida Dr. Arnaldo.
Cores
Camisetas de  sindicatos, centrais, confederações e federações, bonés, faixas, balões, além  dos bumbos de fanfarra, davam um colorido múltiplo, vivo, e ruidoso, à  manifestação. E a marcha dos grupamentos, por categoria ou região de  origem, mostrava a presença da organização na manifestação.Era tanta  gente que PMs, conversando entre si, diziam: "Tem bem mais de 50 mil". No pátio  do Pacaembu, às 11h40, ainda havia um ônibus despejando  manifestantes.
Alegria
Foi uma  manifestação alto astral. Havia palavras de ordem ou mesmo discursos mais  enfáticos, que fazem parte de um evento como esse. Mas em  nenhum momento se percebeu raiva, animosidade. E, registre-se, incidente  zero.
Categorias
Uma das  marcas da histórica manifestação desta quarta foi a presença das categorias  profissionais identificadas: metalúrgicos, alimentação, construção civil,  comerciários, químicos, condutores, entre outras.Um dirigente  do setor público contava exultante: "Estamos aqui com 400 pessoas; isso nunca  havia acontecido antes".
Campanhas
Às  vésperas das campanhas salariais de categorias grandes e na volta ao trabalho do  Congresso Nacional, o sindicalismo brasileiro mostra força e poder de  mobilização. Aquela  Agenda da Classe Trabalhadora, aprovada na Conclat 2010, revela sua atualidade,  vigor e poder agregador.
Mobilização em Brasilia na  próxima quarta (10)
Agora, é preciso transferir esse entusiasmo e  disposição de luta para a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, que, na  próxima quarta-feira (10) terá uma pauta  explosiva. 
Diap
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