Pública
Nos presídios de SP, crianças são obrigadas a assistir às revistas vexatórias das mães e a se despir diante das agentes para poder visitar os pais.
Nos presídios de SP, crianças são obrigadas a assistir às revistas vexatórias das mães e a se despir diante das agentes para poder visitar os pais.
“Meu filho não é bandido. Ele tem apenas 5 anos e o Estado
quer castigá-lo como castiga o pai, que já está preso e pagando pelo que fez”.
A frase, carregada de indignação, é pronunciada com punhos cerrados sobre a
mesa, pela paulistana A., mãe de dois filhos, profissional de vendas e
estudante de direito. O marido foi preso há 3 anos e, desde então, a cada dois
ou três meses, ela leva o filho R. para ver o pai.
Todas as vezes, na revista da entrada, ela e o filho passam
pelo mesmo ritual: “Nós
entramos em um box, eu tiro toda a roupa, tenho que agachar três vezes, abrir
minhas partes íntimas para a agente penitenciária, sentar em um banquinho metálico
detector de metais, dar uma volta com os braços para cima e às vezes me mandam
tossir, fazer força, depende de quem está revistando. Meu filho assiste tudo.
Quando preciso abrir minhas partes íntimas, peço para ele virar de costas”, diz.
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