O enfraquecimento dos sindicatos no Brasil se destaca como uma tendência preocupante, especialmente ao se observar a queda progressiva na taxa de sindicalização. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a sindicalização, que já chegou a superar 20% da população trabalhadora, atualmente representa menos de 13%. Esse declínio afeta não apenas os sindicatos, mas também os trabalhadores e, indiretamente, a economia do país.
A filiação sindical no Brasil começou a diminuir com mais intensidade a partir de 2017, com a reforma trabalhista, que entre outros pontos, tornou opcional o recolhimento da contribuição sindical. Desde então, diversos sindicatos passaram a enfrentar dificuldades financeiras para manter serviços essenciais e representar adequadamente seus associados em negociações coletivas.
Além disso, o aumento da informalidade no mercado de trabalho também contribui para esse declínio. Segundo o IBGE, aproximadamente 40% da população ocupada no Brasil trabalha na informalidade, o que dificulta a associação sindical, já que grande parte desses trabalhadores não tem contratos formais e estabilidade no emprego.