O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data emblemática que destaca a luta histórica das mulheres por igualdade, justiça e direitos. E também por ser um lembrete da necessidade contínua de combater a discriminação e a desigualdade de gênero.
Ao longo dos séculos as mulheres têm enfrentado barreiras significativas para exercer seus direitos e realizar sonhos. Desde a luta pelo sufrágio feminino até a batalha atual contra a violência de gênero e a discriminação no trabalho, as mulheres tem demonstrado resistência, coragem e determinação.
Como mulher e dirigente sindical me atento as dificuldades de se conciliar trabalho, vida social e responsabilidades domésticas e familiares. Hoje, um dos temas que se discute no país é a redução da jornada de trabalho, com trâmite de projetos que reduzem a jornada de 44 para 36 horas semanais.
A discussão em torno do fim da jornada 6 por 1, quando se trabalha 6 dias com 1 de folga, alterando para uma jornada 4 por 3, quando se trabalha 4 dias e folga 3, é o tema da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentado pela Deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Apesar de ter conseguido assinaturas suficientes para protocolar a PEC, a própria Deputada sabe das dificuldades que enfrentará para a redução sugerida. Talvez esteja buscando justamente o meio termo que seria uma jornada de 40 horas semanais no sistema 5 x 2, com 5 dias de trabalho e 2 de descanso.
Entendo que esta mudança para 40 horas semanais é viável, pois traria benefícios aos trabalhadores em geral e poderia ser absorvida pelo setor empresarial, que bem sabe que a qualidade de vida dos seus empregados reflete diretamente em menos afastamentos por doença e maior produtividade.
E esta redução seria recebida como uma correção de rumo do setor trabalhista para as mulheres, que cada vez mais se desdobram em seus empregos e na vida fora da empresa, onde recai sobre ela a maioria das responsabilidades daquele trabalho doméstico “quase invisível”, mas que desgasta grandiosamente e aniquila sua vida social. Quem sabe no próximo ano possamos comemorar este avanço, que valorizaria a trajetória feminina no machista cenário brasileiro.
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta do SEAAC de Americana e Região
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