O número de mulheres mortas no Brasil é assustador. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima que 15 mulheres morrem por dia, vitimas do feminicídio. Os dados específicos do crime de feminicídio começaram a ser apurados a partir de março de 2015, quando a então presidente Dilma Roussef editou a lei 13.104, alterando o Código Penal e criando a tipificação para o caso em que as mulheres são mortas em crimes de ódio motivados pela simples condição de gênero.
Na Região Metropolitana de Campinas, uma das mais desenvolvidas do Brasil, os números também alarmam. De 2015 para cá 57 mulheres foram assassinadas com o crime sendo tipificado como feminicídio. A idade varia de uma garota de 13 anos a uma senhora de 85. A condição social também é diversificada. Mas a predominância é que os crimes são cometidos por parceiros, ex-parceiros ou pessoas próximas à família.
A Lei Maria da Penha está aí. As punições estão agravadas. A sociedade vem despertando e discutindo o assunto. Como dirigente sindical conseguimos incluir na Convenção Coletiva das categorias que representamos, garantia de emprego e estabilidade à mulher vítima de agressão e sob risco de violência doméstica.
Mas o problema avança, ameaçador. Não há receita pronta para resolver questão tão grave. Cada um de nós pode fazer um pouco. Mas os governos municipais, estaduais e federal precisam em seus canais de comunicação iniciar uma ampla campanha de conscientização que leve a mulher, familiares e conhecidos a denunciarem casos de violência que quase nunca se tornam morte na primeira vez. E ao mesmo tempo, disponibilizar meios de proteção através do sistema policial. Isto requer investimentos. Que neste caso salvarão vidas!
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta do SEAAC de Americana e Região
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