Tempo médio de desemprego do trabalhador brasileiro chega a mais de um ano, revela pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgada nesta terça-feira (20).
Segundo o estudo realizado, o brasileiro consegue uma vaga de emprego, em média, depois de um ano e dois meses do último desligamento. O período é maior que o encontrado no ano de 2016, quando o tempo médio de desemprego era de 12 meses.
A pesquisa O desemprego e a busca por recolocação profissional no Brasil ainda mapeou o perfil dos desempregados no País. Do total, 59% são mulheres, com idade média de 34 anos. Dentro desse grupo, 54% têm até o ensino médio completo, e 95% dessas trabalhadoras pertencem às classes C, D e E. Vale destacar que mais da metade das desempregadas, 58%, têm filhos, sendo a maioria menor de idade.
Outro apontamento feito pela pesquisa é sobre o último emprego dessas pessoas: 40% dos entrevistados tinham carteira assinada, sendo 14% informais e 11% autônomos.
“Tudo aponta para um cenário de recuperação no mercado de trabalho, mas este ainda é um movimento tímido e que, no momento, permanece concentrado na informalidade, o que implica em contratações sem carteira assinada e atividades feitas por conta própria”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
A fragilidade do trabalhador também pode ser percebida no subitem que revela que 61% dos desempregados estão dispostos a ganhar menos do que recebiam no último emprego. Entre as justificativas está a importância de voltar ao mercado de trabalho, mencionada por 23% dos entrevistados, e a necessidade de pagar despesas, citada por 22%.
Dentre os que foram demitidos, a maioria alegou que foi desligada da última empresa devido a causas externas, principalmente ligadas à crise econômica, como redução de custos, citado por 35% dos entrevistados, além do corte da mão de obra ociosa e do fechamento da empresa, citados, respectivamente, por 12% e 11%.
Questionados sobre qual a oportunidade desejada, 46% disseram preferir um emprego com carteira assinada, enquanto que 29% afirmam que qualquer vaga seria satisfatória para sair da situação de desemprego.
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