Fonte: Diário de S. Paulo
O governo confirmou que vai propor uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres na reforma da Previdência. Os segurados terão de passar por um período de transição, chamado de pedágio, que é um tempo de permanência extra na ativa para ter o direito. Entraram na regra os homens com 50 anos de idade ou mais e as mulheres a partir dos 45 anos.
O DIÁRIO mostra quanto tempo os segurados vão precisar trabalhar a mais para garantir a aposentadoria com um pedágio de 40% ou 50% – índices já sinalizados pelo governo. As estimativas foram feitas pelo advogado Luiz Felipe Pereira Veríssimo, do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários).
Para fazer o cálculo, é necessário verificar o período que falta para atingir o tempo de contribuição mínimo e colocar o adicional. Quanto mais próximo do tempo de pagamento exigido, melhor.
Questionada, a Casa Civil se recusou a detalhar como serão os cálculos para se chegar ao valor da aposentadoria.
Uma das propostas seria usar um método parecido com a aposentadoria por idade. Nesse tipo de benefício, calcula-se a média salarial do segurado, com os 80% maiores vencimentos desde julho de 1994, depois usa-se 70% dessa média, mais 1% para cada ano de pagamento ao INSS.
Para começar a valer, a proposta ainda precisa ser apresentada oficialmente pelo governo. Depois disso, terá de passar pela Câmara e pelo Senado. Com o fim do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a expectativa é que isso ocorra em breve.
João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, afirmou que a central é contra o estabelecimento de uma idade mínima. Para ele, as alterações nas regras devem valer para quem nasceu a partir de 2001.
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