A Black Friday, data importada dos Estados Unidos e incorporada ao calendário do comércio brasileiro, movimentou R$ 1,536 bilhão em vendas online na edição de 2015, superando em 76% o montante vendido em 2014, de R$ 872 milhões, e ficando acima também da estimativa de vendas das empresas, que era de R$ 978 milhões. Apesar da inflação elevada, do aumento do desemprego e do encolhimento da renda, o número de compras feitas pela internet bateu a marca de 3,1 milhões, alta de 49% na comparação com o ano passado. Este é o retrato do comportamento dos consumidores brasileiros nesta sexta-feira (27), segundo levantamento da empresa especializada em serviços antifraude ClearSale, em parceria com o site Busca Descontos.
O Sudeste respondeu por dois terços do total comercializado na "sexta-feira negra", com R$ 970 milhões movimentados. Em seguida aparecem o Nordeste, com R$ 220 milhões, e o Sul, com R$ 211 milhões. Com menos de 10% do montante vendido, encerram a lista o Centro-Oeste, com R$ 101 milhões, e o Norte, com R$ 32 milhões. No recorte por cidades, a configuração se repete, com os maiores volumes de vendas concentrados em São Paulo (R$ 194 milhões), no Rio de Janeiro (R$ 116 milhões) e em Belo Horizonte (R$ 34 milhões).
Os produtos mais procurados pelos brasileiros foram os eletrodomésticos, com R$ 370 milhões vendidos, seguidos pelos celulares e smartphones, com R$ 327 milhões, e pelos eletrônicos, com R$ 240 milhões. "Mesmo com o cenário econômico instável, o consumidor aproveitou a data para economizar e antecipar as compras de Natal, por isso conseguimos alcançar um número tão expressivo", avalia Juliano Motta, diretor geral da BlackFriday.com.br.
Do total de consumidores da Black Friday, 53,2% eram homens e 46,8%, mulheres. Um em cada três compradores tinham entre 31 e 40 anos, e o valor médio das compras foi de R$ 492 neste ano, ante R$ 416 no ano passado. Nesta edição, as empresas conseguiram evitar R$ 4,998 milhões de prejuízos com fraudes, segundo a ClearSale.
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