Fonte: Diário do Litoral
O governo Dilma Rousseff promete iniciar nesta quarta-feira, 2, uma ampla discussão com as centrais sindicais e associações de empresários sobre mudanças no Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
Além de medidas práticas, como instituição de idade mínima para homens e mulheres se aposentarem e elevação do prazo de carência de 12 para 24 meses, para concessão das aposentadorias por invalidez (que consomem mais de R$ 50 bilhões por ano), há propostas para qualificar os beneficiários do auxílio-doença, para voltarem ao mercado de trabalho, e até uma análise detalhada da aposentadoria rural para evitar fraudes.
As propostas serão formatadas em projetos de lei para o Congresso. O prazo para o envio das medidas é novembro, segundo um auxiliar da presidente Dilma Rousseff.
O baixo crescimento reduz a arrecadação de tributos que incidem sobre o faturamento das empresas, como a Cofins, tributo que ajuda a financiar a Previdência. O aumento do desemprego também reduz outra fonte de financiamento, que é oriunda da folha de pagamentos dos trabalhadores com carteira assinada.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, pediu ontem à bancada do PT na Câmara, uma "ampla discussão" sobre uma reforma na Previdência. Segundo ele, a Previdência consumirá 41% da despesas primárias, ou R$ 491 bilhões, do Orçamento de 2016. "A despesa com previdência e com pessoal somará mais de 60% da despesa primária"
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