NOTA DE REPÚDIO AO TARIFAÇO

O SEAAC de Americana e Região, representante de trabalhadores de diversas categorias, repudia o “tarifaço” de 50% sobre as exportações brasileiras, anunciado de forma intempestiva pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, sem base econômica, fere acordos internacionais e revela claramente a existência de um conluio com a extrema-direita brasileira, que atua junto ao presidente americano traindo os interesses nacionais e buscando intimidar o Supremo Tribunal Federal.

Os impactos preocupam a nossa entidade, visto que a sobretaxa poderá causar danos à economia e principalmente à classe trabalhadora, pois ameaça diretamente a indústria, o agronegócio e diversos setores produtivos. Além disso, a descabida medida tende a encarecer o custo de vida, atingindo diretamente o povo brasileiro. Destacamos a resposta firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa do Brasil e aprovamos que sejam utilizados todos os instrumentos legais para proteger nossa economia.

A DIRETORIA

terça-feira, 3 de março de 2015

Diferença de salário entre gêneros é menor nas micro e pequenas empresas

Fonte: Folha de S. Paulo
A diferença do salário médio entre homens e mulheres é menor nas micro e pequenas empresas do que nas companhias de maior porte. Enquanto nas menores os homens ganham 23% a mais do que as mulheres (R$ 226), nas maiores empresas a diferença chega a 44,5% (R$ 739). 

Observando o período de 2002 a 2012, as diferenças salariais por gênero seguiram trajetória inversa nos dois grupos de companhias. Enquanto nos negócios menores houve redução de três pontos percentuais (de 26% para 23%), nas grandes e médias empresas a diferença foi de 42,8% para 44,5%.

As conclusões fazem parte do Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas de 2014, produzido pelo Sebrae Nacional e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e que será divulgado neste mês.

Uma das razões para a maior aproximação do salário nas micro e pequenas empresas é que nelas há poucos profissionais em cargos de chefia, diz Luiz Testa, diretor de pesquisas do portal Catho.

Em cargos com remuneração de mais de dez salários mínimos, por exemplo, 62% são homens e 38%, mulheres. Mas profissionais com esse tipo de remuneração representam apenas 2% nas empresas com até cem funcionários, aponta Testa, e chegam a 8,5% naquelas com mais de mil empregados.

Outro fator que pode justificar essa diferença, segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, é o fato de que nas pequenas e médias empresas, em geral, há menos variedade não só de cargos, como de atividade exercida. Os empregados têm ainda uma relação mais próxima do que colegas de grandes empresas. Nesse cenário, fica mais difícil justificar salários diferentes para eles.

O presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, diz que outro fator é que as mulheres da classe C tiveram maior acesso à formação superior na última década.

Segundo o censo educacional do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), em 2012, 491 mil mulheres se graduaram, ante 338 mil homens.
Essas formadas encontram mais oportunidades nas pequenas empresas, pois nas maiores já existe um contingente alto de mulheres com ensino superior.

Velho tabu
Ruy Shiozawa, diretor de relações empresariais da ABRH Brasil (Associação Brasileira de Recursos Humanos) classifica as diferenças salariais como um tabu. "Se você pegar duas pessoas exercendo a mesma função, no mesmo cargo e na mesma empresa, a diferença de salário só pode ser explicada pela discriminação."

Por outro lado, Testa, da Catho, diz acreditar que a diferença salarial ocorre pois homens e mulheres tendem a se destacar em cargos diferentes. Segundo ele, a tendência é que a diferença diminua à medida em que mais mulheres optem por carreiras tipicamente masculinas e de maior remuneração, como engenharia e tecnologia, e cheguem com mais frequência a postos de comando. "Em cargos executivos, por exemplo, as mulheres são mais presentes na área de recursos humanos do que finanças, que tem média salarial mais elevada."

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