Fonte: Câmara
dos Deputados
Hackers, programadores e especialistas em
assuntos relacionados a gênero começaram nessa terça-feira (25/11) a trabalhar
efetivamente nos 22 aplicativos que vão usar tecnologias digitais para traduzir
dados públicos de maneira útil e acessível a qualquer pessoa.
Reunidos no Salão Branco da Câmara dos
Deputados, eles participam da 2ª edição do Hackathon – espécie de maratona
colaborativa que desafia desenvolvedores de soluções digitais. Neste ano, os 47
participantes deverão criar aplicativos para ampliar a transparência de dados
públicos sobre “violência contra a mulher” e sobre “políticas públicas de gênero
e cidadania”.
Uma dos projetos de aplicativo, por exemplo,
pretende fornecer informações úteis sobre a violência obstétrica, que envolve
agressões físicas ou emocionais de gestantes por parte dos profissionais da área
da saúde.
“Nosso objetivo é criar um aplicativo para celular que permita às mulheres se informar sobre o que é a violência obstétrica, como se proteger e também para incentivar o parto humanizado”, explica a Marcela Oliveira, que veio de Maceió para participar do Hackthon. Segundo ela, a ferramenta vai funcionar como uma espécie de rede social, permitindo que as próprias mulheres possam compartilhar informações e experiências com outras gestantes.
Especialistas
Coordenador do evento, Cristiano Ferri destaca
que a novidade da edição deste ano é a participação de especialistas de outras
áreas, como sociólogos e antropólogos, que já pensam e discutem a questão de
gênero. “Como esses jovens são especialistas em questões de gênero e dominam as
mágicas da tecnologia muito bem, vão conseguir facilitar a compreensão de dados
importantes utilizando aplicativos e até jogos”, disse.
Para a coordenadora de Acesso à Justiça e
Combate à Violência da Secretaria de Diretos da Mulher da Presidência da
República, Aline Yamamoto, eventos como o Hackathon podem resultar em
ferramentas importantes no combate a problemas sérios, como a violência contra a
mulher.
“Essa iniciativa de aplicativo cria uma rede de
apoio às mulheres e é uma forma de mostrar como podem buscar seus diretos e
quais são os serviços que podem atendê-las nas áreas de saúde, justiça e
assistência social”, apontou. Segundo Yamamoto, o Brasil ocupa atualmente a 7ª
posição no ranking de países com maior número de assassinatos e mortes violentas
de mulheres.(...)
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