Aconteceu dia 8 de março, o 7º Encontro Estadual da
Mulher EAA promovido pela Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do
Comércio do Estado de São Paulo (FEAAC). Trabalhadoras e dirigentes
sindicais discutiram as questões de gênero e reivindicaram propostas em
benefício da qualidade de trabalho e de vida das mulheres trabalhadoras. O
evento ocorreu na Colônia de Férias da FEAAC, localizada em Peruíbe, litoral de
São Paulo.
O objetivo do encontro foi indicar cláusulas que venham a ser incluídas nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT)
em benefício dos direitos das mulheres. Divididas em grupos, as trabalhadoras
apresentaram diversas propostas que foram aprovadas pela plenária. As cláusulas de gênero tiveram destaque nas
discussões.
Dentre os textos aprovados estão: igualdade salarial entre
homens e mulheres que desempenhem a mesma função; igualdade de oportunidade de
tratamento e de acesso ao trabalho às mulheres em relação aos anúncios e às
vagas de emprego; realização de campanha junto às prefeituras e câmaras
municipais, Assembleia Legislativa e Governo do Estado para introdução de
gênero e igualdade no currículo escolar; lutar por reivindicações e garantias
que contemplem cláusulas de gênero nas Convenções Coletivas de trabalho, além
de propostas voltadas à capacitação de mulheres (dirigentes, trabalhadoras e
associadas), saúde da mulher e família.
Logo após, a diretora da Secretaria Geral da FEAAC e
presidenta do SEAAC de Americana e Região, Helena Ribeiro da Silva, enfatizou o
trabalho das dirigentes da FEAAC dentro do movimento sindical e a dificuldade
em mudar um cenário voltado para o mundo masculino. “Nosso objetivo é trabalhar
e levar qualificação às trabalhadoras, além de proporcionar qualidade de vida
para as mulheres. Mulheres de coragem que encaram uma tripla jornada,
trabalhando, cuidando da casa e participando do movimento sindical”, pontuou
Helena que também atua como secretária estadual da Força Sindical São Paulo.
Para Elizabete Prataviera, diretora da Secretaria de
Assuntos da Mulher, Criança e do Adolescente, e presidente do SEAAC de Campinas
e Região, Elizabete Prataviera, a luta pelos direitos e por respeito às
mulheres deve ser coletiva. “Temos que nos unir nesta luta e refletir sobre o
que deve ser feito nas questões sociais e no combate à violência contra a
mulher.”
A Secretária Nacional de Políticas Públicas para a Mulher da
Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, também esteve no Encontro
parabenizando as trabalhadoras e destacou a importância da união das mulheres
no movimento sindical. "A desigualdade ainda é um obstáculo a ser enfrentado,
inclusive dentro do movimento sindical. Estamos trabalhando para chegar à
igualdade, por isso precisamos ir à luta e enfrentar, unidas, os preconceitos
que ainda nos rodeiam" Maria Auxiliadora aproveitou para convidar as
trabalhadoras para o encerramento do Março Mulher, que ocorrerá no próximo dia
31.
Antes de debater propostas em benefício dos direitos da
mulher, as participantes acompanharam a palestra da advogada Maíra Zapater. A
especialista em Direito Penal discorreu sobre as questões históricas que levam
a atual situação de preconceitos e desigualdade entre homens e mulheres.
Logo após, a socióloga Wânia Pasinato abordou alguns tópicos
sobre a Lei Maria da Penha e apresentou pesquisas voltadas ao combate à
violência contra a mulher. Wânia destacou os atuais números que envolvem as
vítimas de violência e as consequências das agressões verbais e físicas.
Também participaram do evento Maria Neide Cardoso de
Carvalho, diretora do Sindicato dos Empregados Vendedores e Viajantes do
Comércio no Estado de São Paulo, representando a Federação Nacional dos
Empregados Vendedores e Viajantes do Comércio, Propagandistas-Vendedores e
Vendedores de Produtos Farmacêuticos e Maria Isabel Navarro Garcia Manzano,
psicóloga.
Fonte: FEAAC/Carol Binato
Fotos: Studio Konda
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