Militar na área sindical não é uma tarefa fácil, uma vez que
qualquer sindicato é um órgão de lutas. O primeiro grande
desafio que enfrentamos é encontrar novos e eficazes meios para unir os
trabalhadores da base territorial sob a bandeira de sua entidade,
associando-os, para que o sindicato possa, de fato, representar o maior número
de trabalhadores; afinal a entidade embasa seu poder em sua
capacidade de aglutinar a partir do velho postulado “a união faz a força”.
Outro desafio é fazer sempre evoluir as reivindicações,
possivelmente o objeto central de todo sindicato, canalizadas por meio do
direito de petição coletiva e o exercício da negociação coletiva. Precisamos
buscar os meios, para criar condições salariais e de trabalho homogêneas entre
os trabalhadores, conquistando a igualdade para todos, associados ou não,
pertencentes ou não ao sindicato.
Mas ainda não basta. Precisamos também fazer do sindicato um
órgão de colaboração ou cooperação, que enquanto instrumentaliza os meios de
autodefesa para respaldar os direitos e interesses dos associados e dos
trabalhadores em geral, ainda possa ajudá-los a conquistar cidadania.
Assim, desse modo, aquele que acredita ter vocação para a
militância sindical deve estar plugado ao cenário político econômico social
brasileiro, atento a todas as discussões sobre os impactos da reestruturação
produtiva no mercado de trabalho e na organização coletiva dos trabalhadores,
que passa necessariamente pelas constantes modificações estruturais do
sindicalismo brasileiro, descobrindo neste contexto novas estratégias para
militar neste efervescente cenário.
O exercício da representação sindical embute uma forte
responsabilidade social, que cobra dos militantes, soluções coletivas que não
se descuidem das questões individuais. Decididamente não é tarefa fácil!
Helena Ribeiro da Silva
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