Clique Aqui para assistir ao filme da campanha “Cada vez mais as
mulheres conquistam seu espaço. Cada vez mais o Brasil também é feito por
mulheres”
Construção civil, ciências, pequenas e grandes
empresas, campo e cidade. Dentro e fora de casa, as mulheres estão por toda
parte e constroem um novo Brasil: forte, inclusivo e competitivo. Esse é o
conceito da campanha da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência
da República (SPM-PR), que começa a ser veiculada, neste domingo (03/03), em
tevês, rádios, internet, revistas, outdoors, busdoors, entre outras mídias. O
slogan é “Cada vez mais as mulheres conquistam seu espaço. Cada vez mais o
Brasil também é feito por mulheres”.
Inaugurando o Março Mulher, a
iniciativa retrata as principais conquistas na vida das brasileiras nos últimos
dez anos, quando a igualdade de gênero foi incorporada nas políticas públicas a
partir da criação da SPM. Para a ministra Eleonora Menicucci, são o trabalho e a
determinação de negras, indígenas, brancas, jovens, idosas e mulheres com
deficiência que tornam, todos os dias, o país mais desenvolvido.
“As mulheres estão transformando o mundo. Há dez
anos, o governo federal percebeu que o país teria melhores condições para se
desenvolver, se as pessoas fossem incluídas como cidadãs. Hoje, vemos os
resultados positivos das políticas públicas. O Brasil está mais forte porque
investiu na redução das desigualdades sociais, econômicas, de gênero e de raça –
e isso abriu novas oportunidades para as mulheres”, explica a ministra Eleonora
Menicucci, da SPM.
Brasileiras em números - As
mulheres representam 51,5% da população. São chefes de família de 24,099 milhões
de famílias, das 64,358 milhões que vivem em domicílio particular. Em média,
dedicam 7,5 anos aos estudos, contra 7,1 anos dos homens. A média de vida das
mulheres é 77,7 anos em contrapartida à dos homens, que é de 70,6.
Segundo a Pnad 2011, o trabalho doméstico deixou
de ser a atividade que mais emprega mulheres: em 2009, 17,1% das mulheres
economicamente ativas eram trabalhadoras domésticas. Em 2011, esse percentual
diminuiu para 15,6%. A atividade que mais emprega mulheres é o comércio, sendo
responsável pelo emprego de 17,6% delas e, em segundo lugar, estão as
atividades de educação, saúde e serviços sociais com 16,8%.
Políticas públicas - A partir do
Programa Pró-equidade de Gênero e Raça, 80 empresas passaram a incorporar
práticas de igualdade de oportunidades e de tratamento para homens e
mulheres.
As trabalhadoras domésticas conquistaram direitos
como as férias de 30 dias e a estabilidade durante o período de gravidez. Também
foi estimulada a formalização dos empregos por meio da Lei 11.324/2006.
As brasileiras representam mais de 50% daqueles
que se beneficiaram do Programa Nacional de Qualificação e avançam em áreas
antes restritas aos homens, como a construção civil. Mais mulheres têm buscado
implantar e gerir seus próprios negócios, e o Programa Trabalho e
Empreendedorismo da Mulher (parceria com o SEBRAE) é uma ferramenta importante
para isso. Entre 2003 e 2008, foram emprestados R$ 247 milhões a mulheres por
meio de cerca de 35 mil contratos no Programa Nacional de Agricultura Familiar.
A partir da obrigatoriedade da titulação conjunta da terra na reforma agrária, o
índice de mulheres titulares de lotes de terra avançou de 24% para 55%.
Por meio do Expresso Cidadã (documentação da
trabalhadora rural), foram emitidos mais de um milhão de documentos e 450 mil
mulheres foram beneficiadas. Os direitos sexuais e reprodutivos também foram
contemplados com a implementação do Plano Nacional de Enfrentamento à
Feminização da Aids e outras DSTs.
Foi criado o Programa Mulher e Ciência, no âmbito
do qual acontecem ações como Gênero e Diversidade na Escola e o Prêmio
Construindo a Igualdade de Gênero. Em 2010, tivemos 2.050 cursistas do Gênero e
Diversidade na Escola - GDE e 5.545 cursistas do Gestão de Políticas Públicas em
Gênero e Raça - GPP GeR, totalizando 15.595 profissionais formados. Em 2009,
foram 13.340 profissionais de educação da rede pública nas temáticas de gênero,
relações étnicorraciais e orientação sexual.
A ampliação da participação das mulheres na
política foi garantida na minirreforma eleitoral com a inclusão da
obrigatoriedade de preenchimento de 30% das vagas nos partidos ou coligações
para candidaturas femininas, no mínimo 5% dos recursos do fundo partidário
destinado à capacitação de mulheres para a política bem como 10% do tempo de
propaganda eleitoral destinado às mulheres.
Violência de gênero - O Pacto
Nacional pelo Enfrentamento à Violência Doméstica contra a Mulher conta com a
adesão de 26 estados e o Distrito Federal. Sendo que o Distrito Federal,
Paraíba, Amazonas e Espírito Santos já repactuaram. Atualmente, está em
articulação a repactuação de todos os outros estados. Um dos seus objetivos é a
implementação da Lei Maria da Penha e a ampliação da rede de atendimento à
mulher.
A implementação da Lei Maria da Penha, em vigor
desde agosto de 2006, é uma resposta do Estado brasileiro à violência doméstica
e intrafamiliar contra a mulher. Com ela, há mais punição para os agressores e
mais proteção para as mulheres.
A rede de atendimento às mulheres em situação de
violência está em constante ampliação. Hoje são 220 Centros Especializados de
Atendimento a Mulher; 72 Casas Abrigo; 92 Juizados/Varas Especializadas de
Violência Doméstica; 29 Núcleos Especializados do Ministério Público; 59 Núcleos
Especializados da Defensoria Pública; e 501 Delegacias Especializadas no
Atendimento à Mulher e Núcleos.
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
orienta, acolhe e encaminha para os serviços da rede especializada, mulheres
vítima de violência, além de receber denúncias. Só no período de janeiro a junho
de 2012, foram registrados 388.953 atendimentos – em comparação com os seis
primeiros meses de 2011, verifica-se um aumento de mais de 13% no total de
registros. Do total das ligações do primeiro semestre de 2012, 47.555 registros
foram feitos com relatos de violência. Entre os relatos dos primeiros meses de
2012, em 70,19% dos casos da violência doméstica contra a mulher, o agressor é o
companheiro ou cônjuge da vítima. Acrescentando os demais vínculos afetivos
(ex-marido, namorado e ex-namorado), esse dado sobe para 89,17% dos casos de
violência contra a mulher.
Fonte: Secretaria de Políticas para Mulheres - SPM
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