Lourival F. Mello, Ministro Alexandre Padilha e Helena Ribeiro |
Helena Ribeiro da Silva, presidenta do SEAAC e diretora de Assuntos da
Mulher da FEAAC, participou do Seminário “O enfrentamento da Morte Materna na
Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher”, encerrado pelo Ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, dia 28 de maio de 2012, ocasião na qual o Ministro
disse que além de marcar o dia Nacional de Luta Contra a Mortalidade Materna, o
seminário teve como foco reafirmar as políticas sobre a saúde da mulher e
analisar de forma detalhada o cenário atual da mortalidade, para que o índice
de mortes possa de fato diminuir a cada dia.
Afirmou ainda o Ministro, que de cada quatro gestantes atendidas pelo
SUS- Sistema Único de Saúde, uma se queixa de algum tipo de negligência ou
maus-tratos identificados no momento do parto, citando levantamento feito pelo
ministério em 2011. Alexandre Padilha disse que o SUS precisa ter como
investimento prioritária qualidade do atendimento as mulheres e crianças.
A Ministra da Secretaria Nacional de Política para Mulheres da
Presidência da República, Eleonora Menicucci, também presente neste evento,
destacou, não se pode de nenhuma maneira fazer a fragmentação da Política de
Saúde da Mulher. A integração entre a política de saúde da mulher as ações e os
programas do Ministério deve ter como principal desafio a redução da
mortalidade materna no país.
A rede Cegonha, por exemplo, tem que ser integral dentro da política;
caso não seja dessa forma não será possível alcançar a meta. “É assim que tem
que ser com todos os pontos da política: uma realidade de transversalidade”,
afirmou a Ministra, que chamou a atenção para ”a reunião de mulheres de
toda parte, para debaterem o tema e apontar ações que contribuam no sentindo de
diminuir o índice da mortalidade materna no Brasil”.
O que nos chamou a atenção foram os dados apresentados pela Secretária
da Promoção de Políticas de Igualdade Racial, demonstrando que atualmente as
mulheres negras são as mais afetadas pela mortalidade materna; segundo ela, a
maioria dessas mortes está associada a outros fatores de saúde, como a
hipertensão. Destacou que se faz necessário um tempo de consulta e tratamento
dado a essas mulheres. O Brasil possui o Sistema Único de Saúde, que é o
instrumento eficaz para fazer com que a condição de saúde das mulheres seja
melhorada.
A realização do Seminário foi de responsabilidade do Conselho Nacional
de Saúde por meio da CISMU - Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher, em
parceria com o Ministério da Saúde, por meio da área técnica da Saúde da
Mulher.
Participou deste evento como convidado o Secretário Geral da CNTC-
Lourival Figueiredo Melo, também presidente da FEAAC, que afirmou: nossa
Confederação tem por obrigação estar firmemente engajada na luta pela saúde das
mulheres, especialmente as trabalhadoras do setor de Comércio e Serviços, que
acabam colocando sua saúde em segundo plano, uma vez que hoje desenvolvem
jornada tripla de trabalho. Precisamos construir uma ação permanente em defesa
da saúde integral e direitos reprodutivos das nossas trabalhadoras em todas as
fases de suas vidas. Resaltou Lourival.
Para Helena, esta data é fruto da ação de mais de duas décadas do
movimento pela saúde das mulheres e feminstas que decidiram ter um dia de ação
mundial para tornar visível o fenômeno - a mortalidade materna - considerado
banal nas sociedades cuja cultura naturaliza a entrega da vida das mulheres em
nome da maternidade.
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