O Ministério do Trabalho está há 153
dias sem um ministro titular. Desde 4 de dezembro do ano passado, as duas
principais posições da Pasta - a chefia e a secretaria-executiva - são ocupadas
por interinos, que não foram recebidos pela presidente Dilma Rousseff e nem são
prestigiados pelo PDT, partido ao qual são filiados, que luta diariamente no
Palácio do Planalto para trocá-los e indicar outros nomes.
Para líderes sindicais e especialistas
em emprego e mercado de trabalho, consultados pelo Valor, o esvaziamento do
Ministério do Trabalho, há quase cinco meses sem comando, demonstra a
irrelevância da Pasta.
Tocado
interinamente pelo advogado Paulo Roberto Pinto desde 4 de dezembro de 2011, o
Ministério do Trabalho permanece nas mãos do PDT. Mas o partido, cujo presidente
nacional é Carlos Lupi, que esteve à frente do ministério entre abril de 2007 e
dezembro do ano passado, trabalha para fazer ministro um dos três nomes já
sugeridos à presidente Dilma: os deputados Brizola Neto (RJ) e Vieira da Cunha
(RS) ou o sindicalista Manoel Dias (SP).
Nem mesmo os cardeais do PDT se
entendem. Enquanto Lupi se opõe a Brizola, o presidente da Força Sindical, Paulo
Pereira da Silva (PDT-SP), veta a escolha de Vieira da Cunha. A pedido de Dilma,
o secretário da Presidência, Gilberto Carvalho, chegou a sondar o deputado Hugo
Leal (PSC-RJ) para o cargo.
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