O SEAAC, representado pela sua presidenta, Helena Ribeiro da Silva, a diretora, Antonia Vicente Gomes e a socióloga Daniela Sanches Carrara, participou de seminário que compõe a programação do “Março Mulher”, agenda de comemorações ao dia 8 de março, definida pelo Fórum de Mulheres coordenado pelas Centrais Sindicais - (CTB) Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, (CGTB) Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, (FS) Força Sindical, (UGT) União Geral dos Trabalhadores e Nova Central Sindical, realizado na Câmara Municipal de SP.
Representantes das Centrais Sindicais, iniciaram falando sobre autonomia e a participação das trabalhadoras nos espaços de decisão e como, através da reflexão, podemos ser protagonistas da nossa história, pensando nas reformas e atuando na elaboração da luta por direitos: como as creches; a participação da mulher na política; e a licença maternidade de 180 dias. Todos falaram da importância da multiplicação de conhecimentos para que o empoderamento das mulheres seja uma realidade.
O Fórum elaborou um documento no qual solicita aos presidentes das Centrais Sindicais que as bandeiras levantadas pelo Fórum de Mulheres, especialmente a luta pela aprovação do Projeto de Lei da Igualdade de Gênero no Trabalho (PL 4857/2009) e pela reforma política, sejam incluídas nas ações do 1° de maio.
As palestras também tocaram num ponto comum: como é importante “mulheres estarem unidas pela promoção da igualdade”. A Deputada Estadual Janete Pietá (PT-SP) na sua exposição frisou que houve grandes avanços no que se refere à luta feminina no país, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Citou números que depõem contra a democracia e quanto as mulheres estão sub-representadas. Acrescentou que fortalecer a democracia é pensar na participação de todos e todas, através de uma reforma política que tenha como proposta, dentre outras coisas, o financiamento público exclusivo, como ruptura com o atual sistema de financiamento privado; adoção do voto em lista preordenada nas eleições parlamentares; paridade na lista entre homens e mulheres; fim das coligações proporcionais para fortalecer os partidos na sociedade; e a ampliação da participação direta na política de toda a sociedade.
Em seguida falou Muna Zen chefe de gabinete da Deputada Federal Luiza Erundina (PSB-SP) que discorreu sobre a luta pela redução da mortalidade materna no Brasil, frisando que o 8 de março é uma data de luta, de reconhecimento daquelas que deram o sangue e a vida pela causa feminina. Abordou aspectos mais relativos ao empoderamento da mulher, citando números e a importância do movimento de mulheres para produzir lideranças que atuem a favor dos direitos feministas. Falou dos entraves da participação, como por exemplo, da timidez em apoderar-se do microfone, para serem ouvidas em lugares historicamente masculinos.
A última palestra foi da Ana Martins, vereadora do PCdoB, que destacou a presença das diversas trabalhadoras que lotavam a plenária e reafirmou a importância da organização do movimento, sobretudo no que se refere ao fortalecimento dos partidos políticos. Segundo ela, para atingir a democracia plena é preciso conquistar os espaços de poder. E convocou a todas para “não ter medo do poder”.
As representantes do SEAAC encaram esta construção maior, como parte do caminho percorrido dentro da sua própria entidade, e desde muito sabem que o empoderamento das trabalhadoras é o caminho para a um mundo de autonomia, igualdade e justiça.
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