Este ano teremos conferências nacionais em várias áreas, como Saúde, Assistência Social, passando pelo Trabalho Decente, e por fim, a III Conferência de Políticas Públicas para Mulheres. Esta terá como um dos eixos o combate à miséria e à pobreza, uma vez que as mulheres são partes majoritárias do setor mais empobrecido, especialmente as mulheres negras; e autonomia econômica, social e política das mulheres. O evento acontecerá no período de 12 a 15 de dezembro, com a participação de cerca de três mil mulheres e será antecedida por uma grande mobilização em todas as regiões que acolherá as mais diferentes formas de organização com a participação das mulheres urbanas, do campo, das florestas, ribeirinhas dos povos e comunidades tradicionais.
Entendemos que este processo de participação na construção de políticas públicas através de conferências é tão, ou mais importante que eleições, o direito ao voto. Ele consolida a força da cidadania, pois, é neste momento que nós, enquanto sujeitos de direitos, apontaremos qual caminho queremos seguir naquilo que serão políticas de Estado.
Portanto precisamos estar presentes nestes “lugares” sociais, onde existe o diálogo de grande parcela da sociedade sobre temas específicos, afinal, tomar parte disso é construir um futuro onde todos serão ouvidos e no qual não haverá espaço para críticas vazias.
A III Conferência de Políticas Públicas para Mulheres dentro deste contexto, vem confirmar o caminho de construção destas propostas, começando aonde elas serão aplicadas, muito perto de nós, das nossas casas, perto do serviço onde a mulher vítima de violência é atendida, perto do sindicato que briga nas negociações das convenções coletivas, por igualdade salarial entre homens e mulheres, ou seja, o caminho começa em nós para chegar às resoluções coletivas que apontarão caminhos que nos mesmos trilharemos.
Basta lembrarmos da II Conferência de Políticas Públicas para Mulheres, na qual debatemos a participação política da mulher nas eleições, tendo como resultado daquele processo, a eleição da primeira mulher presidenta do Brasil. Prova que nossa participação altera de maneira muito relevante o futuro de todos. Então, companheira, mãos à obra! Vamos participar das Conferências Municipais, Estadual e Nacional e nos fazer protagonistas desta história.
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta do Seaac de Americana e Região
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