As centrais  sindicais - Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB e CGTB - com apoio de  entidades do movimento social, realizaram na manhã e início da tarde desta  quarta-feira (3), em São Paulo, a maior manifestação sindical unitária de que se  tem notícia.  
Do pátio do  estádio do Pacaembu até a Assembleia Legislativa, o que se viu foi um mar de  gente. E gente organizada, em grupamentos, categorias, localidades de origem,  com faixas, camisetas, bonés e palavras de ordem da Agenda Unitária da  Classe Trabalhadora, com destaque para a reivindicação de jornada de 40  horas semanais.
Quantos?  Seguramente, mais de 50 mil. E falar em 80, 100 mil não seria exagero dada a  extensão da fileira de manifestantes, enchendo uma pista da avenida Paulista,  com gente já descendo a alameda Eugênio de Lima e grupos ainda acabando de  passar pela avenida Dr. Arnaldo.
Cores
Camisetas de  sindicatos, centrais, confederações e federações, bonés, faixas, balões, além  dos bumbos de fanfarra, davam um colorido múltiplo, vivo, e ruidoso, à  manifestação. E a marcha dos grupamentos, por categoria ou região de  origem, mostrava a presença da organização na manifestação.Era tanta  gente que PMs, conversando entre si, diziam: "Tem bem mais de 50 mil". No pátio  do Pacaembu, às 11h40, ainda havia um ônibus despejando  manifestantes.
Alegria
Foi uma  manifestação alto astral. Havia palavras de ordem ou mesmo discursos mais  enfáticos, que fazem parte de um evento como esse. Mas em  nenhum momento se percebeu raiva, animosidade. E, registre-se, incidente  zero.
Categorias
Uma das  marcas da histórica manifestação desta quarta foi a presença das categorias  profissionais identificadas: metalúrgicos, alimentação, construção civil,  comerciários, químicos, condutores, entre outras.Um dirigente  do setor público contava exultante: "Estamos aqui com 400 pessoas; isso nunca  havia acontecido antes".
Campanhas
Às  vésperas das campanhas salariais de categorias grandes e na volta ao trabalho do  Congresso Nacional, o sindicalismo brasileiro mostra força e poder de  mobilização. Aquela  Agenda da Classe Trabalhadora, aprovada na Conclat 2010, revela sua atualidade,  vigor e poder agregador.
Mobilização em Brasilia na  próxima quarta (10)
Agora, é preciso transferir esse entusiasmo e  disposição de luta para a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, que, na  próxima quarta-feira (10) terá uma pauta  explosiva. 
Diap

 
 
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