NOTA DE REPÚDIO AO TARIFAÇO

O SEAAC de Americana e Região, representante de trabalhadores de diversas categorias, repudia o “tarifaço” de 50% sobre as exportações brasileiras, anunciado de forma intempestiva pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, sem base econômica, fere acordos internacionais e revela claramente a existência de um conluio com a extrema-direita brasileira, que atua junto ao presidente americano traindo os interesses nacionais e buscando intimidar o Supremo Tribunal Federal.

Os impactos preocupam a nossa entidade, visto que a sobretaxa poderá causar danos à economia e principalmente à classe trabalhadora, pois ameaça diretamente a indústria, o agronegócio e diversos setores produtivos. Além disso, a descabida medida tende a encarecer o custo de vida, atingindo diretamente o povo brasileiro. Destacamos a resposta firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa do Brasil e aprovamos que sejam utilizados todos os instrumentos legais para proteger nossa economia.

A DIRETORIA

terça-feira, 8 de abril de 2008

Mulheres no canteiro de obras!

Quando for construir ou reformar sua casa, considere contratar mulheres para o trabalho de peoa de obra. Mais caprichosas nos acabamentos, cuidadosas na limpeza do local da obra e organizadas, conseguindo com isso bons resultados na redução de desperdícios de materiais, elas vêm ganhando espaço no mercado da construção civil. Perdem para os homens, sim, no quesito força física. Mas, com os avanços tecnológicos dessa indústria, tal qualidade vem perdendo importância.

Tanto que o governo federal determinou que haja uma participação mínima de 30% de mulheres na qualificação profissional para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No Rio, um grupo de ONGs e empresas já se uniu para qualificar 60 mulheres, de 18 a 45 anos, para a construção civil. É o projeto "Mão na massa", que tem patrocínio de Petrobras e Eletrobrás.
.
Elas são preparadas para atuar no mercado como pedreiras, pintoras, carpinteiras e encanadoras. A primeira turma, de 14 alunas, já está se formando. As participantes serão encaminhadas para centrais de intermediação de mão-de-obra do Ministério do Trabalho, com salário inicial médio de R$800.
O Globo06/04/2008 - Luciana Calaza
Clipping SPM

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Edição nr. 46 - SPM

Clique e leia!

Conselho Nacional dos Direitos da Mulher terá novas representantes

Está na página eletrônica da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (http://www.spmulheres.gov.br/) o edital de convocação para a seleção de entidades da sociedade civil candidatas a integrar o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). A renovação das conselheiras é para o biênio 2008-2010 e a eleição marcada para 28 de abril a 5 de maio tem como objetivo preencher 21 vagas destinadas às representantes da sociedade civil. A posse das novas conselheiras está prevista para maio.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Auxílio-creche: direito da trabalhadora

Toda empresa que possua estabelecimentos com mais de 30 empregadas com idade superior a 16 anos é obrigada a manter local onde as mães possam dar assistência aos seus filhos no período de amamentação.
Clique e saiba mais!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Brasil tem menos mulheres no poder do que a média mundial

Dados da União Interparlamentar (UIP) indicam que a média de mulheres no Congresso Nacional ou nos postos de ministro está abaixo da média latino-americana e mundial. Entre os 156 países avaliados pela entidade, o Brasil ocupa apenas a 108ª posição no que se refere ao número de mulheres na Câmara de Deputados.

O índice é de 9%. Ou seja, 46 deputadas entre 513 membros. No Senado, 12,3% são mulheres, dez de um total de 81 senadores. As mulheres compõem 52% da população brasileira.

Segundo a UIP, países como Gâmbia, Sierra Leoa, Níger, Síria, Sudão, China e Iraque contam com números mais positivos de participação feminina no poder do que o Brasil.
A média brasileira é ainda quase metade da média mundial. No mundo, 17,7% dos parlamentares são mulheres.

Apesar do progresso dos últimos anos, a UIP acredita que uma paridade entre homens e mulheres no poder somente ocorrerá em 2050. Hoje, a liderança é de Ruanda, com 48,8% de mulheres ocupando cadeiras na Câmara de Deputados, seguido pela Suécia, com 47%, Finlândia com 41% e Argentina com 40%. Em termos de representação no governo federal, existem três ministras para as 35 pastas.
Fonte: Portal do Mundo do Trabalho

segunda-feira, 17 de março de 2008

Presidida por uma mulher, nasce a Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas (CSA)

Os impactos da globalização levaram as duas maiores centrais de trabalhadores do mundo (CIOSL – Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres e CMT – Confederação Mundial do Trabalho) a lançar um projeto de unidade, envolvendo suas filiadas em mais de 150 países. Um esforço extraordinário que resultou na criação da CSI (Confederação Sindical Internacional).

A CSI é a maior entidade sindical de todos os tempos, com mais de 350 organizações em quase 200 países. Sua sede fica na Bélgica e seu secretário-geral é Guy Ryder, um negociador profissional. A CSI, por sua vez, determinou que o projeto de unidade atingisse também suas antigas centrais continentais, na Ásia, na África e nas Américas.

Assim, nascerá a CSA: a Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas (CSA), em congresso constitutivo na cidade do Panamá, nos dias 27 e 28 de março de 2008. Sua presidente deverá ser Linda Chavez, da AFL-CIO dos Estados Unidos e o secretário-geral, Victor Baez, da CUT do Paraguai. Entre as entidades brasileiras que farão parte da CSA estão Força Sindical, CUT e UGT.
Fonte: Site Gestão Sindical

quinta-feira, 13 de março de 2008

Centrais Sindicais são Regulamentadas

Foto Agência Brasil
A Câmara dos Deputados aprovou em 11 de março o projeto de lei n º 1990/07 que regulamenta as centrais sindicais no Brasil — uma luta de um século período em que todas as tentativas de legalização destas entidades foram torpedeadas por patrões, governos e regimes militares.

Foi uma vitória da persistência e da unidade na luta de homens e mulheres trabalhadores, representados por várias tendências que compõem hoje o sindicalismo brasileiro, como a Força Sindical, CGTB, CUT, UGT, CTB e Nova Central.

As centrais poderão representar os trabalhadores na Justiça e, junto com sindicatos, federações e confederações, organizá-los por ramo de atividades, lutando para superar a dispersão das categorias e conferindo força aos trabalhadores para interferir nos rumos políticos, econômicos e sociais do país. No memo projeto ficou estabelecida a obrigatoriedade do Imposto Sindical para todos os trabalhadores.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Mulheres ocupam espaço na área de Contabilidade

A cada ano, cresce a participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro. No setor contábil este cenário também se repete. Dados de fevereiro de 2008 mostram que a classe contábil tem 508 mil profissionais registrados. Destes, 167 mil são contadoras ou técnicas na área, representando 33% dos profissionais de contabilidade do Brasil. Em 2006, havia 120 mil mulheres neste mercado. O crescimento foi de mais de 28%.
Fonte: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres - SPM

sábado, 8 de março de 2008

Cresce o número de empreendedoras no Brasil

Aos poucos, as mulheres estão ocupando o setor empresarial como líderes. O número de mulheres que abrem a sua própria empresa não pára de crescer – o Brasil é o terceiro no ranking mundial, depois dos Estados Unidos e China.

As grandes mudanças no perfil do empresariado brasileiro começaram a aparecer a aproximadamente 15 anos. O mundo, quase exclusivo dos homens dos negócios, teve que incorporar as novas empresárias. Hoje, o país tem 6,3 milhões de mulheres empreendedoras. É um número que representa 38% do total de empresários do país. “A mulher se diferencia pela intuição nos negócios, pela capacidade de ouvir os clientes. Ela, em geral, carrega uma rede de relacionamentos maior que o homem”, afirmou o diretor do Sebrae, César Vasquez.

Fonte: Portal G1

quarta-feira, 5 de março de 2008

Mulheres sob Excrementos

Na Índia, a sociedade é dividida em cinco camadas sociais e mais um grupo que não é nem considerado cidadão. São os Dalits, a quem cabem os trabalhos mais pesados, como limpeza de fossas, num país onde 70% da população (+ de 700 milhões de habitantes) não tem acesso a um vaso sanitário.

Eles são considerados “intocáveis”, porque os hindus acreditam que se tornam impuros ao passarem a mão em alguém da casta Dalit.

As mulheres Dalits esvaziam fossas e carregam os excrementos num cesto sobre a cabeça. Na estação das chuvas, as fezes se diluem e escorrem em seu rosto e roupa. Para estas mulheres limpar excrementos é a única opção, além de ser hereditária.
Fonte: Superinteressante ed.250 mar/2008
Foto: Howard Davies/Corbis/LatinStock

terça-feira, 4 de março de 2008

Justificativas para as Cláusulas de Gênero nas Negociações Coletiva

Introdução
Primeiramente temos que ter em mente que o arcabouço teórico que justifica a busca por direitos nesta área tem suporte tanto na academia (argumentos sociológicos), no judiciário (Constitucional), quanto nos movimentos sociais (movimento feminista). Então é necessário compreender os conceitos para melhor se preparar no momento de equacionar o que é melhor para as mulheres no mundo do trabalho remunerado. Primeiro entendamos o que queremos dizer quando falamos em gênero, trabalhar com essa diferença histórica requer saber que quando se luta por direitos das mulheres trabalhadoras estamos falando de um lugar social.

O que é gênero, afinal?

A expressão "gênero" começou a ser utilizada justamente para marcar que as diferenças entre homens e mulheres não são apenas de ordem física, biológica. Como não existe natureza humana fora da cultura, à diferença sexual anatômica não pode mais ser pensada isolada do "caldo de cultura" no qual sempre está imersa. Ou seja, falar de relações de gênero é falar das características atribuídas a cada sexo pela sociedade e sua cultura. A diferença biológica é apenas o ponto de partida para a construção social do que é ser homem ou ser mulher. Sexo é atributo biológico, enquanto gênero é uma construção social e histórica. A noção de gênero, portanto, aponta para a dimensão das relações sociais do feminino e do masculino.

Justificativas:
A princípio as cláusulas de gênero enquanto conquista refletem uma condição primeira de diferenças que são antes de qualquer coisa biológicas. Estas são os direitos relacionados à maternidade e a condição da mulher enquanto mãe e para ir mais longe à importância desta para preservar o lar e a família.

Nas últimas décadas podemos observar, em nível global, uma ampla transformação na composição sexual do mercado de trabalho e nas práticas de conciliação entre trabalho e responsabilidades familiares. Em muitos países, o modelo "tradicional" do homem provedor e da mulher dedicada aos cuidados da família foi substituído por um modelo no quais mulheres e homens se inserem no mercado de trabalho, mas os cuidados com a família permanecem, em grande medida, uma das tarefas realizada apenas pelas primeiras.

O novo modelo criou novas oportunidades para as mulheres participarem da "esfera pública,", mas não foi acompanhada por uma transferência correspondente do tempo investido pelos homens no mercado de trabalho para a "esfera privada", mantendo deste modo uma divisão sexual do trabalho com um forte viés de gênero.

Os conflitos que se instalaram, a partir das demandas competitivas entre trabalho remunerado e cuidados familiares, deram origem a diferentes soluções que variam entre os países. Em muitos países industrializados, particularmente no norte da Europa, observa-se o desenvolvimento de políticas públicas que apóiam a conciliação de trabalho e família, atenuando os efeitos negativos das transformações sobre a igualdade de gênero. Em outros, como nos Estados Unidos, o governo desempenha um papel mínimo no suporte às famílias, perpetuando a crença de que os cuidados com a família é um assunto privado e, sobretudo afeito às mulheres.

Maternidade e amamentação
Motivos: Há necessidade de ouvir outras áreas, principalmente a da saúde. A idéia de elaboração do projeto partiu da Sociedade Brasileira de Pediatria. Os especialistas apontaram a necessidade de ampliar o tempo de convivência entre mãe e filho por dois motivos: o atendimento da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio governo brasileiro para que os bebês sejam amamentados exclusivamente no peito por pelo menos seis meses; e a necessidade de estímulos da relação entre a criança e a família para o seu desenvolvimento mental e emocional saudável.

"O leite materno é uma verdadeira vacina que contém anticorpos para combater os mais diversos tipos de doença, de uma simples gripe até uma pneumonia. Chega a ser uma incoerência o governo fazer campanhas nos meios de comunicação recomendando que as mães dêem de mamar por seis meses e conceda uma licença-maternidade de apenas quatro. Além disso, nos primeiros seis meses de vida acontecem bilhões de ligações entre os neurônios, chamadas ‘sinapses’, que necessitam de estímulos que vêm da relação entre a criança e as pessoas que a cercam", justifica Patrícia Saboya.

Violência contra a mulher
Alguns dados:
- 25% (vinte e cinco por cento) das mulheres são vítimas de violência doméstica;

- 33% (trinta e treis por cento) da população feminina admitem já ter sofrido algum tipo de violência domestica;

- Em 70% (setenta por cento) das ocorrências de violência doméstica contra a mulher, o agressor é marido ou companheiro.

- Os maridos são responsáveis por mais de 50% (cinqüenta por cento) dos assassinatos de mulheres e, em 80% (oitenta por cento) dos casos, o assassino alega defesa da honra.

- 1,9% do PIB brasileiro são consumidos no tratamento de vítimas da violência doméstica;

- 80% (oitenta por dento) das mulheres que residem nas capitais e 63% (sessenta e treis por cento) das que residem no interior reagem às agressões que sofrem;

- 11% (onze por cento) das mulheres foram vítimas de violência durante a gravidez e 38% (trinta e oito por cento) delas receberam socos e pontapés na barriga;

- São registradas por ano 300 (trezentas mil) denúncias de violência doméstica.

Diante de tais estatísticas, observa-se o quão assustadores são os índices de violência doméstica no Brasil. A chance de uma mulher sofrer algum tipo de agressão pelo companheiro é muito maior que, de forma ocasional, por um desconhecido. Dessa forma, como não concluir que a mulher se encontra em situação de hipossuficiência e necessitam da Lei 11.340/06 a seu favor? A violência doméstica há muito deixou de ser um problema de ordem privada, passando a ser interesse de toda a coletividade. Da mesma forma o mundo do trabalho deve estar sinergicamente trabalhando com as demais instituições para que a mulher tenha uma vida saudável/ livre de violência.

Helena Ribeiro da Silva
Presidenta do Seaac de Americana e Região
28/02/2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

Elas dominam o mercado de call center

Hoje, em diversos setores do mercado e em maior número do que em outras épocas, as mulheres estão mais fortes e muito mais atuantes. No setor de telesserviços (um dos que mais crescem e empregam no país – 2007 encerrou com 750 mil empregos diretos), elas já são maioria: 76,8%, segundo pesquisa da ABT – Associação Brasileira de Telesserviços.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O mínino aumento do mínimo!

O novo salário mínimo entrará em vigor a partir de 1º de março; o valor passa de R$ 380 para pouco mais de R$ 412. O reajuste leva em conta o crescimento do produto interno bruto em 2006, mais a inflação de 2007. As aposentadas que ganham o mínimo (e têm benefícios com finais 1 a 5 ) começarão a receber no dia 25 de março.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Pausa para Amamentação em Horário de Trabalho

De acordo com o artigo 389, parágrafo 1º, da CLT, a trabalhadora registrada tem direito a dois intervalos de meia hora em seu horário de trabalho para amamentação até que o filho complete seis meses.Pela lei, nos estabelecimentos em que trabalham mais de trinta mulheres acima de 16 anos, é obrigatório um local apropriado para que as mães possam deixar seus filhos no período de amamentação (até seis meses de idade).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Desafio!

A violência contra a mulher é "o desafio mais persistente à defesa dos direitos humanos de nossa era" (Anistia Internacional)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Atenção à Mulher

Governos estaduais, prefeituras e organizações não governamentais poderão apresentar projetos de atenção especializada à mulher vítima de violência doméstica e à mulher encarcerada... Os projetos também poderão ser dirigidos à melhoria da situação dos presídios femininos e das cadeias públicas para atendimento específico de mulheres.

A informação é da ministra de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire.... que disse que a estratégia faz parte do Pacto Nacional Pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, inserido no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. O plano será lançado no dia 8 de março, como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Segundo Nilcéia, o pacto conta com recursos da ordem de R$ 1 bilhão e será viabilizado em conjunto com o Ministério da Justiça. “Estamos trabalhando com o pacto, que tem quatro áreas estratégicas, uma delas é a consolidação da Política Nacional de Combate à Violência"...Nilcéia enfatizou que é importante a criação de Juizados Especializados na Violência Familiar e Doméstica contra a Mulher, para garantir às mulheres agredidas o acesso gratuito à Justiça. A ministra afirmou que os recursos serão destinados também a campanhas educativas na mídia. “Queremos mostrar que a violência contra a mulher tem repercussões não só de ordem emocional e familiar, mas também econômicas. As mulheres se ausentam do trabalho, os filhos dessas mulheres têm baixo aproveitamento escolar”, explicou.


LIGUE 180
A ministra lembrou ainda que a secretaria de Políticas para as Mulheres oferece um número de telefone para encaminhamento de denúncias de casos de violência contra a mulher, o Ligue180. O número funciona 24 horas por dia e não para nos fins de semana e feriados. “As atendentes estão capacitadas para dar uma orientação, para registrar denúncias seja de mulheres agredidas, mulheres em cárcere privado, mulheres que são abusadas. E damos a garantia de total anonimato a quem denuncia”, garantiu Nilcéia.
Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O verdadeiro sentido do Dia Internacional da Mulher: uma reflexão sobre o mundo em que vivemos

(...) Quem vai atrás da origem da homenagem constata que a reflexão sobre o papel da mulher se colocou como obrigação no dia 8 de março de 1857, quando as operárias de uma indústria têxtil de Nova Iorque tomaram a fábrica para reivindicar o que era justo, mas não respeitado: a redução de 16 horas para 10 horas diárias de trabalho e melhores salários - elas recebiam mensalmente menos do que um terço do valor pago aos homens. O dia terminou muito mal: o saldo foi 130 mortas. As manifestantes foram trancadas na fábrica em chamas e ali morreram. Depois desse horror passaram-se 53 anos até que, em conferência na Dinamarca, o dia 8 de março foi escolhido para ser o Dia Internacional da mulher.

Hoje, decorridos 97 anos, tanto o sacrifício das operárias de Nova Iorque quanto a luta das inconformadas que vieram depois delas resultou em grandes mudanças na forma como as sociedades absorvem a contribuição feminina em todos os setores. Claro que ainda há muita desigualdade, como fruto de um ranço que resiste à mudança, em parte porque teme o que desconhece. De uma certa maneira, em sociedade se repete, em forma de metáfora, o que ocorre dentro das casas, onde amanhecemos desarrumados e tratamos de nos colocar em ordem - e aquilo que nos cerca - para que possamos enfrentar o dia e para que ele seja mais produtivo.

É difícil? Muitas vezes é. Não somente para a mulher que assumiu tarefas sem delegar as que são próprias da sua natureza, mas também para o homem com quem ela convive sem que esteja à sua disposição, ou do ideal feminino que leva na cabeça, nas vinte quatro horas do dia. Mas o esforço é válido. E já não existem argumentos para um retrocesso: segundo a revista The Economist, "na década passada, o trabalho das mulheres contribuiu mais para o crescimento da economia mundial e ao combate à pobreza do que a impressionante taxa de crescimento do produto interno bruto da China". E pesquisas da Catho e do IBGE mostram que, hoje, 44% da população economicamente ativa são mulheres. Nas faixas de 30 a 39 anos, elas ocupam postos de trabalho na proporção de 26,5% contra 20,8% ocupados pelos homens e na de 40 a 49 anos, 20,8% contra 19,1% de homens.

As brasileiras estão na quarta posição no ranking global de empreendedorismo, à frente das norte-americanas e francesas, de acordo com pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor). O que as leva a isso é a necessidade de ajudar nas despesas domésticas - 58% -, a vontade de se realizarem numa profissão e a capacidade de enxergar uma boa oportunidade. O pesquisador norte-americano Warren Farrell afirma que as mulheres são menos competitivas em termos gerais, "mas quando decidem ir atrás de sucesso e dinheiro com engajamento, elas deixam os homens para trás" (...)
Fonte: Diário do Comércio RS/SPMulheres

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Mutirão nacional de revisão de penas de mulheres em situação de prisão mobiliza o governo e sociedade civil

Ciente da importância e urgência de melhorar a condição das 25 mil mulheres em situação de prisão no País, o Governo Federal, por meio, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), da Secretaria de Reforma do Judiciário (SRJ) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), reuniu-se em 22/01, em Brasília, com entidades nacionais do Direito, que atuam na área de execuções penais, e com representantes da sociedade civil. O encontro teve como objetivo definir a organização do mutirão de revisão de penas de mulheres encarceradas.
.
Serão mobilizados centenas de advogados e operadores do Direito para analisar cada um dos cerca de 25 mil processos. Nesse contexto, estima-se que haja milhares de casos de presas que poderiam estar cumprindo penas alternativas ao invés de estarem em regime fechado ou que aguardam há meses seu julgamento, ou ainda beneficiárias do livramento condicional, antecipando sua liberdade. No total, aproximadamente 8 a 9 mil mulheres poderão ser beneficiadas.
.
O mutirão é uma das medidas emergenciais que constam no relatório preliminar do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), criado em junho de 2007 para analisar o sistema prisional feminino.Fonte: SPMulheres
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...