Fonte: Fecomerciários c/informações G1
As mulheres já representam mais de 49% do mercado de trabalho mundial, segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT), mas ainda têm pouca representatividade em cargos de liderança.
O índice de mulheres em cargos de CEOs e de diretorias executivas no Brasil chegou a 16% em 2017, segundo a pesquisa International Business Report (IBR) – Women in Business, da Grant Thornton. No ano passado, o índice era de 11% e em 2015 era de apenas 5%.
“A ascensão de mulheres aos cargos de liderança é resultado natural de alguns fatores como perfil empreendedor, excelente qualificação e melhor sensibilidade da mulher que exerce cargos de liderança, na busca de resultados e também no relacionamento e engajamento de sua equipe”, afirma Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton. A pesquisa foi feita com mais de 2.500 empresas em 36 países, sendo 150 executivos brasileiros.
Em cargos gerenciais e de liderança, cerca de 19% das empresas brasileiras têm mulheres, índice menor que a média global de 25%. O Brasil está empatado com o Reino Unido (19%) e à frente apenas da Alemanha (18%), Índia (17%), Argentina (15%) e Japão (7%). Lideram o ranking Rússia (47%), Indonésia (46%) e Estônia, Filipinas e Polônia (40% cada).
O estudo também aponta que 53% das companhias brasileiras não possuem mulheres em cargos de liderança. Neste quesito, o Brasil está pior do que a média global (34%), ao lado do Japão (67%), Malta (56%), Alemanha (54%) e Argentina (53%), entre os países com os piores indicadores.
Nos Estados Unidos, o número de empresas que não possui mulheres líderes é de 31%. Rússia com 0%, Filipinas com 6% e Nigéria 9% apresentam os melhores índices.
Por setor
O setor de viagens, turismo e lazer é o que mais emprega mulheres em cargos de alta gerência globalmente, com 37%; tecnologia, TI & telecomunicações, tem 28%; educação e serviço social, também com 28% e outros serviços totalizam 33%. Já os setores de serviços financeiros (16%); agricultura, silvicultura e pesca e extração e mineração (19%) são os que menos empregam mulheres líderes.
Na América Latina, o setor de transporte tem 31%; tecnologia, TI & telecomunicações, 30% e viagem, turismo & lazer, com 27%; outros serviços totalizam 33%. Os indicadores mais baixos são educação (0%), finanças (6%) e saúde (7%).
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