Os países da América Latina e do Caribe registraram em 2013,
pela primeira vez, taxa média de 50% de participação feminina no mercado de
trabalho. Ainda assim, as mulheres continuam sendo o grupo mais afetado pelo
desemprego e pela informalidade. Os dados são do Panorama Laboral da América
Latina e do Caribe 2013, relatório da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) divulgado hoje (17).
“Uma análise sobre a evolução da taxa de participação por
sexo no mercado de trabalho demonstra que se mantém a tendência positiva sobre
a redução da brecha de gênero”, aponta trecho do documento.
De acordo com o relatório, a taxa média de participação das
mulheres no mercado está relacionada ao comportamento da demanda por mão de
obra. Essa taxa é um indicador que expressa a proporção de pessoas de cada
gênero incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas. No caso dos homens, a
participação total na região chegou a 71,1% em 2013.
Apesar da melhora em termos de participação, o estudo indica
que o desemprego de mulheres é 35% maior do que o dos homens. Dos cerca de 14,8
milhões de pessoas sem trabalho na região, 7,7 milhões são do sexo feminino
(52%). As taxas de desemprego feminino chegaram a 20,2% na Jamaica e 13% na Colômbia.
Quando se cruzam dados sobre mulheres e jovens, contata-se
que jovens do sexo feminino são 70% dos desempregados na faixa etária dos 15
aos 24 anos de idade. As estimativas da OIT são a de que haja cerca de 6,6
milhões de jovens sem emprego em áreas urbanas da região – dos quais
aproximadamente 4,6 milhões seriam do sexo feminino.
Entre 2012 e 2013, o desemprego de trabalhadores do sexo
feminino na América Latina e no Caribe teve redução de três pontos percentuais
– de 7,9% para 7,6%. A taxa de desemprego entre os homens, em contraponto, teve
redução menor, passando de 5,7% para 5,6%. Para a OIT, isso demonstra que houve
a intensificação da demanda pelo trabalho feminino no período.
0 comentários:
Postar um comentário