A diferença salarial entre homens e mulheres é maior entre profissionais com nível superior completo, segundo pesquisa do Insper. O estudo mostra que a discrepância de remuneração no país é de 16%. Quando são consideradas apenas as pessoas com maior escolaridade, no entanto, esse número salta para 46,9%.
O desnível é ainda mais acentuado entre os profissionais com nível superior e renda mais elevada. Nesse grupo, a diferença alcança 53,8%. Na parcela com rendimentos menores, a média é de 36,8%. A divergência ocorre em decorrência do fato de as empresas promoverem com menor frequência as mulheres aos cargos de presidência.
"Esse resultado acontece também em outros países. É o que chamamos de 'teto de vidro'. Não existe uma barreira visível, mas as mulheres dificilmente conseguem passar [a cargos de alta gerência]", acrescenta. "Isso pode ter uma consequência grave, que é a mulher ficar desestimulada para se qualificar."
O estudo também aponta que 68,2% das pessoas formadas em uma universidade realizam algum trabalho em casa durante a semana. Entre as mulheres, porém, a parcela é de 81%, enquanto entre os homens fica em 51%.
A pesquisa usou como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, 2008 e 2009.
Fonte: Jornal de Floripa
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