NOTA DE REPÚDIO AO TARIFAÇO
O SEAAC de Americana e Região, representante de trabalhadores de diversas categorias, repudia o “tarifaço” de 50% sobre as exportações brasileiras, anunciado de forma intempestiva pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, sem base econômica, fere acordos internacionais e revela claramente a existência de um conluio com a extrema-direita brasileira, que atua junto ao presidente americano traindo os interesses nacionais e buscando intimidar o Supremo Tribunal Federal.
Os impactos preocupam a nossa entidade, visto que a sobretaxa poderá causar danos à economia e principalmente à classe trabalhadora, pois ameaça diretamente a indústria, o agronegócio e diversos setores produtivos. Além disso, a descabida medida tende a encarecer o custo de vida, atingindo diretamente o povo brasileiro. Destacamos a resposta firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa do Brasil e aprovamos que sejam utilizados todos os instrumentos legais para proteger nossa economia.
A DIRETORIA
Estudos apontam aumento de desigualdade social e enfraquecimento dos direitos trabalhistas.
O enfraquecimento dos sindicatos no Brasil se destaca como uma tendência preocupante, especialmente ao se observar a queda progressiva na taxa de sindicalização. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a sindicalização, que já chegou a superar 20% da população trabalhadora, atualmente representa menos de 13%. Esse declínio afeta não apenas os sindicatos, mas também os trabalhadores e, indiretamente, a economia do país.
A filiação sindical no Brasil começou a diminuir com mais intensidade a partir de 2017, com a reforma trabalhista, que entre outros pontos, tornou opcional o recolhimento da contribuição sindical. Desde então, diversos sindicatos passaram a enfrentar dificuldades financeiras para manter serviços essenciais e representar adequadamente seus associados em negociações coletivas.
Além disso, o aumento da informalidade no mercado de trabalho também contribui para esse declínio. Segundo o IBGE, aproximadamente 40% da população ocupada no Brasil trabalha na informalidade, o que dificulta a associação sindical, já que grande parte desses trabalhadores não tem contratos formais e estabilidade no emprego.
A nova diretoria para o quadriênio 2024-2028 da Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio do Estado de São Paulo (FEAAC) tomou posse em cerimônia ocorrida no último sábado. Prestigiado, o SEAAC de Americana e Região tem quatro representantes na diretoria da Federação. A presidenta Helena Ribeiro da Silva foi eleita Diretora da Secretaria Geral; Gislaine Sacilotto da Silva, Diretora de Formação Sindical; Vlaici Sartorato, Suplente da Diretoria e José Carlos Bispo de Souza Júnior, Titular do Conselho de Ética.
A história do SEAAC de Americana e Região começa no distante 19 de novembro de 1991. Foi numa sala emprestada que várias trabalhadoras se reuniram com um sonho em comum: construir um sindicato forte para trabalhadores que não tinham representação e direitos de classe, principalmente na área de assessoramento e contabilidade. Quem observasse aquela primeira reunião onde só estavam mulheres, naturalmente escanteadas no meio trabalhista da época, não acreditaria que 33 anos depois o SEAAC representaria 14 categorias, quase 20 mil trabalhadores, atenderia 29 cidades e conquistaria milhares de sócios.