segunda-feira, 7 de junho de 2021

Trabalhadores da Glovis aprovaram PPR de R$ 2.760,00

Votação e apuração na assembleia que aprovou PPR

Os trabalhadores da Glovis Brasil Logística, que operacionaliza na Hyundai, em Piracicaba, receberam na última sexta-feira R$ 1.900,00 referentes a primeira parcela do PPR 2021. A segunda parcela de R$ 860,00 será paga em 31 de janeiro de 2022, totalizando o valor de R$ 2.760,00 que o SEAAC de Americana e Região conseguiu negociar depois de várias reuniões com a empresa. 

“No ano passado os trabalhadores receberam R$ 2.325,00 de Programa de Participação nos Resultados (PPR). Este ano, apesar da Pandemia ainda estar aí, criando instabilidade econômica e muita incerteza, conseguimos reajustar o PPR em 18,70%. Claro que sempre queremos mais, mas a empresa chegou em uma proposta definitiva. Daí, entendemos que o valor conseguido era possível de ser levado a assembleia”, explicou a presidenta do SEAAC, Helena Ribeiro da Silva. 

Na assembleia realizada presencialmente, adotando-se todos os procedimentos de distanciamento, os trabalhadores aprovaram em votação secreta a proposta de R$ 2.760,00. “Em grupos de seis trabalhadores, mantendo distanciamento, assinavam a lista de presença, pegavam a cédula e votavam de forma reservada. Num momento como esse, o valor recebido é um alívio para os trabalhadores”, concluiu Helena. 

Luciano Domiciano (Assessoria de Imprensa, 07 de junho de 2021)

Como conquistas ambientais do Brasil estão ruindo sob Bolsonaro

Outrora considerado uma potência ambiental, o Brasil sofre com desmonte de suas políticas de conservação desde a ascensão de Jair Bolsonaro. Neste Dia Internacional do Meio Ambiente (05/06), o país não tem o que comemorar: relatos invasões e violência em unidades de conservação e terras indígenas dominam os noticiários; alertas de desmatamento registrados via satélite mostram alta de 41% no mês de maio em relação ao mesmo período de 2020. 

"Estamos indo na contramão de tudo o que foi construído pelo Brasil durante muitos anos. É muito difícil construir a solidez das politicas ambientais, preservar e implementar. Mas desmontar é muito rápido. E recuperar isso talvez seja um exercício hercúleo", afirma Thelma Krug, pesquisadora aposentada do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Com a redemocratização, as últimas décadas foram marcadas pela criação e implementação de políticas ambientais no país que detém a maior floresta tropical do mundo e que, ao mesmo tempo, é um dos maiores produtores de commodities agrícolas.

"Todo o arcabouço ambiental foi criado pra valer após Constituição. Da Política Nacional de Recursos Hídricos ao licenciamento ambiental e Politica Nacional de Mudanças Climáticas”, diz Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG) e do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas).

Especialistas e pesquisadores ouvidos pela DW Brasil são unânimes: o movimento agora é no sentido contrário. "É a primeira vez que temos um período em que o governo age deliberadamente contra a agenda ambiental. Essa que essa é a novidade”, pontua Azevedo.