terça-feira, 21 de maio de 2013

Força Sindical Estadual realiza plenária preparatória de Mulheres


As mulheres da Força Sindical realizaram uma plenária estadual na segunda-feira (20/5) para preparar a participação das trabalhadoras nos próximos eventos da Central: Plenária Estadual de SP (dia 28 de maio, em Praia Grande); Congresso Estadual da Central (dia 20 de junho) e 7º Congresso Nacional (dias 24 e 26 de julho, em Praia Grande).

“Vamos garantir a cota das mulheres, que é participação de 30%”, disse Maria Auxiliadora dos Santos, secretária de Políticas para Mulheres da Força, ao abrir a plenária, que contou com a participação de aproximadamente 130 sindicalistas do Estado de São Paulo, entre as quais Helena Ribeiro da Silva, presidenta do SEAAC Americana.

A apresentação do evento ficou a cargo de Valclécia Trindade, 2ª secretária da Central. Na abertura, Maria de Fátima de Souza Neves, diretora de assuntos jurídicos do Sindicato da Saúde, que cedeu o auditório para a plenária, observou que as mulheres hoje precisam participar de tudo.

Batalha árdua
Helena Ribeiro da Silva, presidenta da Seaac de Americana, afirmou que para ver suas reivindicações atendidas as mulheres precisam enfrentar uma batalha árdua, mas é gratificante. Neuza Barbosa, diretora da Fetiasp e ex-secretária da Mulher da Central, declarou que a luta não é fácil. “Até hoje é um grande desafio ocupar a cota de 30%, mas temos que seguir em frente”. Maria Augusta Marques, a Lia, presidente do Sincomerciários de Votuporanga, concordou que este é o caminho para garantir a cota dos 30% e que as mulheres têm que lutar para garantir a aprovação do PL da Igualdade. “Temos que exigir nossos direitos hoje e sempre”, afirmou Helena Henrique Guilherme Alves, secretaria de Relações Internacionais da Fetercesp.

Pela direção nacional da Força Sindical compareceram João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da entidade e Sergio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Central. Juruna afirmou que desde março a entidade realiza congressos estaduais preparando o congresso nacional. “Temos recomendado aos Estados a inserção de mulheres nos cargos de direção”. Serginho destacou a importância da presença das trabalhadoras nos cargos de decisão das entidades sindicais e  que é preciso levar a política de cotas para ser debatida nas bases.

Pesquisa Dieese
Levantamento sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho – avanços, desafios e oportunidades foi apresentado pela técnica do Dieese, Camila Ikuta. Segundo o estudo, as mulheres representam 50% da população economicamente ativa, têm maior nível de escolaridade que os homens, sofrem mais com o desemprego, ganham menos e trabalham mais.

As mulheres ocupam mais postos de trabalho nas áreas do comércio, educação, saúde e serviços sociais, além de serviços domésticos, mas agora estão mais presentes também em profissões que antes eram somente de homens.

Quanto ao rendimento, em São Paulo as mulheres ganham 68% do que recebem os homens e, em Porto Alegre, 75%. A mulher negra sofre dupla discriminação: por ser mulher e por ser negra. A mulher negra ganha R$ 1. 247 e o homem R$ 1.800 para desempenharem a mesma função. A jornada de trabalho da mulher (dupla jornada, ou seja, incluindo o trabalho em casa) é de 58 horas e do homem, 52 horas. Sobre as cláusulas negociadas nos acordos coletivos, 50% são sobre maternidade e paternidade e 17% sobre gestação, entre outros.

Os desafios ainda são muitos. Entre eles, igualdade de gênero e raça; ratificação da Convenção 156 da OIT sobre a Igualdade de Oportunidades e de Tratamento para Trabalhadores e Trabalhadoras com Responsabilidades Familiares e trabalho igual para salário igual, além de política para conciliar trabalho, família e vida pessoal.


Fonte e fotos: Força Sindical

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